quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O paciente e sua cultura

Em recente atividade do módulo de Assistência Básica à Saúde, coordenado pela profa. Dra. Roberta Lira, fizemos uma série de discussões sobre os aspectos sócio-culturais dos pacientes e como podem interferir no seu entendimento sobre a doença. Divididos em grupos, fizemos leitura de textos orientados e expomos as principais idéias, o que resultou em diálogos produtivos. De fato, o paciente deve ser considerado não só pela sua condição patológica, mas também pelo meio social e cultural no qual está inserido. Cada paciente tem suas peculiaridades, e não cabe ao médico nem a ninguém julgá-los. O que podemos fazer é orientá-los sobre prevenção, hábitos de vida e tratamento respeitando e incluindo o meio social do indivíduo, seja no aspecto religioso, cultural etc. Se o paciente diz que acredita em "rezadeiras", devemos considerar esse fato quando da recomendação de um esquema terapêutico:
_ o senhor toma todos esses remédios, nos dias e horas marcadas, e depois, se quiser, pode procurar a rezadeira!
Muitas pessoas creem mais em medidas alternativas do que no próprio médico, o que deve ser superado  tentando convencer da importância da consulta médica, assim como uma rezadeira ou um chá são importantes. Em se tratando de questões religiosas, é preciso ter mais cuidado ainda no trato com o paciente. Geralmente, os fundamentos religiosos, especialmente nas pessoas menos esclarecidas, costumam ser as únicas verdades existentes. O médico pode e deve aconselhar o paciente a manter um vínculo de fé, seja qual for. Pesquisas comprovaram que a fé pode estimular o sistema imunológico, ajudando no combate e na prevenção de doenças.
O importante de toda discussão a respeito é que os aspectos culturais e religiosos pode ser um aliado na recuperação do paciente e que ao médico não cabe discutir as crenças individuais de cada um, mas sim saber como usá-las para criar uma relação de empatia com os pacientes.

Um comentário:

  1. Menino, estou igual um cururu tei-tei, inchada de tanto orgulho. Parabéns, você acaptou direitinho o espírito da aula e da proposta metodológica.
    Beijocas da tia Roberta

    ResponderExcluir