sábado, 12 de fevereiro de 2011

O beijo da morte

Poucos prazeres podem ser comparados ao que se tem com o beijo, especialmente aqueles demorados, apaixonados, cheios de sensualidade. Mas o que a jovem Jemma Benjamim, 18 anos, não sabia é que a emoção forte de um beijo poderia manifestar um problema oculto: a arritmia cardíaca. Virou notícia o fato da morte súbita da jovem ao dar seu primeiro beijo na boca. Ela era jovem, atleta, em plena forma física e gozava de boa saúde, o que prova que problemas cardíacos nem sempre são causados por hábitos alimentares ou sedentarismo. Mas o destino foi cruel com a jovem. O fato é que emoções fortes, como o do beijo,  podem levar a morte súbita quando a pessoa é acometida por arritmia cardíaca. É uma doença que pode ter componente genético e que causa morte por falha no músculo cardíaco. As doenças causadas por defeitos no músculo cardíaco são chamadas de miocardiopatias: a do tipo hipertrófica, em que há aumento do órgão, e a do tipo displasia arritmogênica, em que há substituição de células musculares por células adiposas, são os principais causadores de desfecho súbito. Ambas podem ser detectadas por exames. Um outro conjunto de doenças conhecidas como cardiopatias primariamente elétricas caracterizam-se por falhas elétricas no funcionamento do coração, cuja ativação é eletricamente anormal. Os sintomas da arritmia são desmaios, taquicardia e convulsões, e há tratamento medicamentoso. O fato é que a jovem provavelmente desconhecia a doença, e a ausência de tratamento agravou um problema até então oculto e interrompeu um momento prazeroso da jovem. Como disse Gibran Kahlil "o primeiro beijo é o começo daquela vibração mágica que transporta os amantes do mundo das coisas e dos seres para o mundo dos sonhos e das revelações".

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